quarta-feira, 21 de novembro de 2012

11ª Primeira Expedição:Educandário e Colégio Estadual

A décima primeira expedição percorreu algumas ruas do centro de Passos, algumas das ruas possuem nomes de pessoas que de alguma forma participaram da história da cidade. A começar pela praça do rosário e terminando na Dr. joão Bráulio. Conheça um pouco das história destas pessoas.


Praça Geraldo Silva Maia
Nasceu em Passos, no dia 30 de setembro de 1913, filho de Francisco da Silva Maia e Feliciana B Maia. Dotado de uma visão ampla destacou-se como líder de incalculável prestígio e influência. Político habilidoso, sabia se mostrar enérgico e de pulso forte nos momentos difíceis e cativava as massas populares com carisma. Foi eleito prefeito de Passos, em 1947, e imprimiu dinamismo e objetividade à administração. Seu governo marcou época pelo grande avanço alcançado e por despertar a cidade para o progresso. Entre as obras realizadas cita-se a construção da Praça do Rosário, calçamento de quase toda a cidade, manutenção das estradas vicinais, construção de três grupos escolares e da Estação Rodoviária e ele deu à cidade nova captação de água, sua obra mais importante. Foi reeleito em 1954. Foi casado com Anna Lemos Maia (1934 a 1943) e com o falecimento dela contraiu novas núpcias com Julia Lemos Cardoso Maia. Pai de: Feliciana, Aleida, José Geraldo, Adalto, Ana Maria, Ângela e Patrícia.

Elvira da Silveira Coimbra
Nasceu em Passos, dia 12 de fevereiro de 1888, filha de Saturnino Amâncio da Silveira e Amélia Carvalho da Silveira. Tornou-se parteira e nesta profissão granjeou respeito e admiração, pois soube externar sua bondade, presteza, solidariedade incondicional a todas as mulheres que atendeu. Sempre alegre e confiante, dava um valor especial à família. Casada com Lindolfo Magalhães, tiveram 12 filhos. Ao falecer, em 14 de abril de 1958, deixou uma descendência numerosa com 31 netos, 68 bisnetos e 8 tataranetos.

Dr. Carvalho

Natural do Estado de Sergipe, Dr. José Pinto de Carvalho teve origem pobre e foi com grande esforço que se diplomou em Medicina pela Faculdade da Bahia. Depois de formado em 1888, por dois anos cumpriu estágio na Clínica do Dr. Almeida Couto, vindo então para o Rio de Janeiro, onde por mais dois anos estagiou em clínicas que lhe conferiram aprofundados conhecimentos profissionais. Nomeado Inspetor Municipal e Regional, residiu durante sete anos em Pouso Alegre, MG, onde dividia a função de médico com o cargo de fiscal. Por incumbência do governo estadual, desempenhou a chefia de comissões de caráter clínico epidêmico nas cidades mineiras de Santa Catarina, Borda da Mata, Congonhal e Passos. Aqui, teve importante desempenho como médico da Santa Casa e de sua clínica particular. Amava a profissão e desprovido de ambição estava sempre pronto a atender quem dele precisasse, e este constituía o lado mais bonito de sua personalidade. Foi também jornalista vigoroso, polemista exaltado e defendia suas idéias, como colaborador dos jornais Comércio e Lavoura e Estrela. Era abolicionista ferrenho e fez o que pode pelo fim da escravatura. Seu lado político fazia dele um líder de prestígio, chegando a ocupar a vice-presidência da Câmara e ter papel importante no acordo entre os partidos Pato e Peru firmado em 1925. Casado com Alcina Magalhães Carvalho tiveram 6 filhos. Depois de residir em Passos foi morar em Itamogi, MG, mas logo voltou e já bastante adoentado faleceu em 15 de dezembro de 1929.

Dr. Manoel Patti
Natural de Passos, nasceu no dia 28 de fevereiro de 1905, filho de José Luiz Patti e Ana Carolina A. Patti. Os estudos primários e secundários ele os fez em Passos, Paraíso e Barbacena. Depois em Ouro Preto diplomou-se em Farmácia e em seguida completou o curso de Medicina, na Faculdade da Praia Vermelha no Rio de Janeiro, no ano de 1930. Veio clinicar em Passos, como especialista em Oftalmologia. Médico competente e de extrema dedicação será sempre lembrado como boníssimo, de generosidade invulgar, uma das personalidades mais populares da cidade. Ainda como médico prestou serviços na Santa Casa, da qual foi provedor. Foi vereador também, chegando à Presidência da Câmara. Bom violinista, adorava a música e participou muitas vezes de apresentações nas missas dominicais da Igreja Matriz, mesmo sendo espiritualista convicto seguidor de Alan Kardec. Muito fez pela Associação Espírita Santo Agostinho mantenedora da creche e do albergue que levam seu nome e prestam inestimáveis serviços. Pai de três filhos, Athos, Aurita, e Aramis, foi casado com Benvinda Maia. Com o estado de saúde agravado, retirou-se em repouso clínico na estação de águas Termópolis, e quando necessário, atendido por médico de Paraíso. Apesar de toda assistência veio a falecer, em 14 de dezembro de 1950, e seu corpo traslado para o sepultamento em Passos

Santo Aníbal Maria Di Francia (Educandário)
Para realizar, na Igreja e no mundo, os ideais apostólicos de Santo Aníbal Maria Di Francia em 1887 teve início a Congregação das Filhas do Divino Zelo e, dez anos depois, a Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus. Quis que os membros de ambos os Institutos, aprovados canonicamente no dia 06 de agosto de 1926, se dedicassem a viver o “Rogate” como “quarto voto”, além dos outros três votos: castidade, pobreza e obediência.  O arco da sua existência vai da segunda metade de 1800 aos primeiros 30 anos de 1900. Uma época sobre a qual confluíram e se abateram os efeitos negativos do sistema liberal, que favoreceu um capitalismo definido como desumanizante e que trouxe, como consequência imediata, o imperialismo, destinado a produzir conflitos e desequilíbrios sociais. A miséria das massas e o proletariado faminto foram os aspectos mais emergentes de um sistema político e econômico substancialmente injusto nos seus pressupostos ideológicos. No plano cultural, prevaleceram filosofias e visões contrárias a qualquer espiritualismo, polêmicas, sobretudo com a Igreja Católica, considerada líder do reacionismo europeu e pedra de tropeço ao progresso dos povos. Positivismo, marxismo, doutrinas niilistas, muitas vezes contrárias entre si, exaltavam-se na comum polêmica anticatólica e no ensinamento de um racionalismo que, por ser muito massificante, acabava por se auto-esvaziar na incapacidade de um confronto fecundo com a verdade. A adolescência de Aníbal acontece neste contexto social de miséria e culturalmente destituído de grandes ideais, mesmo aqueles civis e tendencialmente espiritualísticos do passado romântico. Mas, fervia na Igreja uma vontade de resgatar o setor social, descuidado durante o processo do ressurgimento, por uma série de razões históricas. As forças católicas se empenhavam no campo da justiça social e a atenção aos pobres se tornava o próprio ideal evangélico, a nova marca de credibilidade diante da opinião pública. Assim, a dimensão carismática de Santo Aníbal coloca-se como reflexo de uma ampla sensibilidade da situação social. Ainda mais quando se considera que ele colocava o epicentro de sua obra na área geográfica italiana mais problemática, onde as questões assumiam, naquela época, seus contornos dramáticos. Hoje os Rogacionistas e as Filhas do Divino Zelo estão presentes em vários países do mundo inteiro. No Brasil, os religiosos chegam em 1950, cuja primeira cidade a ser instalada foi Passos. 

Dr. João Bráulio
Presidente do Tribunal de Apelação, em Ouro Preto, MG, que, em 5 de setembro de 1894, deu ganho de causa à Câmara Municipal, em conturbada pendenga judicial. O episódio marca a histórica divisão política da sociedade passense: de um lado os interesses comerciais, industriais e urbanos (os "governistas", denominados mais tarde de patos); de outro, predominavam os interesses agrários, fazendeiros e invernistas (os "lavouristas", chamados, posteriormente, perus). O historiador Antônio Grilo registra que "todos os textos e documentos da época evidenciam que daí para frente estes dois grupos nunca mais sintonizaram suas posições".

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