domingo, 28 de outubro de 2012

10ª Expedição: A Praça Blandina de Andrade




A décima expedição visitou um dos pontos de referencia a praça mais antiga cidade de Passos.

Em 1851 os vereadores da Câmara Municipal iniciaram os trabalhos cotidianos com o objetivo de organizá-la e torná-la funcional; demarcaram os limites 
da vila, criaram a agência dos Correios em 1851 e providenciaram para reparar pontes, consertar ruas e conceder terrenos para as construções que estavam aumentando. Essas construções eram casas grandes, com muitas janelas na frente, hortas enormes, pastinho para animais, chiqueiros e galinheiros.
A vila compreendia três concentrações de povoamento: a mais antiga margeando o Ribeirão São Francisco e o Córrego dos Boiadeiros na Barrinha, onde se situava a praça mais antiga da cidade, que hoje leva o nome de Blandina de Andrade; um ajuntamento de casas no alto, compreendendo o Largo de Santa Rita margeando o Caminho do Desemboque e passando pela árvore de Santa Bárbara; e o núcleo mais importante, que era o do Largo da Matriz, onde se concentravam as melhores casas das famílias mais ricas. Em 1851, a criação de gado começava a mostrar as suas benéficas conseqüências. Boa parte dos fazendeiros e camponeses passou a exercer a atividade da pecuária de engorda, implantando invernadas por todos os lados. A possibilidade de riqueza continuou atraindo famílias de outros lugares,
como Candeias, Lavras, Oliveira, Ouro Preto, Três Pontas, Rio de Janeiro, Tamanduá, Rio Preto e Turvo.


Blandina de Andrade
Nasceu em Santa Rita de Cássia, MG, em 6 de fevereiro de 1897, filha de Joaquim Cândido de Melo e Souza e Emília Ambrosina de Melo, sendo assim descendente ilustre do Barão de Passos e do Barão de Cambuí. Interna do Colégio N. Sra. de Lourdes em Franca, SP, recebeu esmerada educação. Aos 17 anos, casou-se com Dr. Lourenço Ferreira de Andrade, que iniciava sua carreira de médico e homem público. Ela se fez então a companheira ideal como esposa culta, inteligente, de ampla visão, sabendo influir de modo construtivo no desempenho do marido. Assídua leitora, mantinha-se informada pelos jornais locais, das capitais mineira e federal. Profundamente religiosa, praticava a virtude da caridade de forma simples e amiga distribuindo o necessário aos menos favorecidos. Cooperou, incentivou e batalhou por todas as boas causas dos passenses deixando marcas na Escola Normal Oficial e na Santa Casa, instituições que mereceram dela as maiores atenções. Sua descendência acontece com os quatro filhos: Senio, Senid, Sonia e Sonino. Faleceu com apenas 34 anos, em 18 de março de 1931.

Olegário Dias Maciel 
Nasceu em Pitangui, MG, em 1855. Político brasileiro nomeado interventor de Minas Gerais em 1930. Foi um dos principais sustentáculos do regime revolucionário instalado naquele ano. Formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ainda no Império, foi deputado provincial em Minas Gerais em duas legislaturas: 1880-1881 e 1882-1883. Proclamada a República, foi deputado à Assembléia Constituinte Mineira. Antes de 1930, foi ainda deputado federal (1894-1911), consultor técnico do Ministério de Viação e Obras Públicas (1914–1918), vice-governador do Estado de Minas Gerais (1922) e senador. Foi um dos chefes da Aliança Liberal e participou do combate ao movimento constitucionalista de São Paulo. Morreu no cargo de presidente do Estado de Minas Gerais em 1932.

sábado, 20 de outubro de 2012

9ª Expedição: A Capela da Penha



A Capela da Penha foi completamente restaurada. André Luis Nery Figueiredo foi o arquiteto gestor do restauro. A estrutura da Capela de Nossa Senhora da Penha tinha passado por reformas que tiraram o seu estilo original: cores de paredes e madeiras, lustres, luminárias, revestimento das torres e cúpula, e por isso hoje voltou a sua origem. O telhado passou por uma vistoria e trocou as telhas que haviam vazamentos. Toda a parte de forro da cúpula estava com infiltrações e prestes a cair. A parte de fiação elétrica também estava precária juntamente com a falta de segurança da parte de cima onde é o mezanino, as tábuas de madeira que servem de piso estavam carunchando precisando então de serem trocadas. Era constantemente visto em torno da Capela da Penha pessoas que lá se escondiam para se viciar, devido a isso foi necessário o gradil como segurança para que a Capela e para que pudesse estar sempre aberta para que as pessoas pudessem ir visitá-la. trabalho de restauro durou 2 anos, 2 meses e 25 dias.A primeira Igreja pertencente à Paróquia da Penha foi construída em 1864, a Centenária Capela de Nossa Senhora da Penha onde ficava guardada em seu altar a Imagem de Nossa Senhora da Penha, esta que hoje permanece num trono especial aos pés do altar do Santuário com seu nome. Construída a partir de uma promessa à Senhora da Penha pelo senhor Antônio Caetano de 
Faria Loulou por uma graça alcançada, continua com seu encanto octogonal, embora com precariedade, levando amparo e paz a quem ali buscar. Em torno da Capela da Penha é festejada desde muitos anos atrás a Tradicional Festa de Nossa Senhora da Penha. No ano de Um mil novecentos e noventa e nove a Capela Centenária foi tombada (tombamento municipal) como Patrimônio Histórico pelo IEPHA.
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domingo, 14 de outubro de 2012

8ª Expedição: O Beco dos aflitos



Desta vez o Beco dos Aflitos; A rua Jaime Gomes
Natural de Rio Preto, MG, nasceu em 5 de setembro de 1858, filho do casal Joaquim Gomes de Souza e Adelaide Carolina de Lemos. Até os 13 anos residiu com os pais em São Gonçalo do Sapucaí, MG, depois esteve por um tempo no Rio de Janeiro até vir para Passos, em 1884. Mesmo não tendo curso superior era inteligente, instruído, arguto e de personalidade marcante. Foi pessoa de grande destaque na cidade. Fundou o semanário "Gazeta de Passos", em 1887, em parceria com Genaro César Costa, enquanto exercia o cargo de Coletor Geral e Provincial. Alguns anos depois, em 1894, deu início à sua vida política, elegendo-se Presidente da Câmara e Agente Executivo, em seguida deputado estadual, reeleito duas vezes, para finalmente chegar ao congresso nacional, onde esteve até 1920, em 3 mandatos. Foi casado em primeiras núpcias com Henriqueta Gomes de Carvalho e tiveram onze filhos. Viúvo, voltou a se casar com Luiza Negrão Lemos e mais cinco filhos se somaram à numerosa descendência. Sua filha Sara, casada com Juscelino Kubitschek, ocupou o posto de primeira dama do país, e Amélia também se destacou como esposa do grande homem público Gabriel de Resende Passos. Enquanto ele viveu em Passos, participou de todos os movimentos em prol da cidade, e mesmo exercendo seus mandatos fora advogou e defendeu os interesses da terra adotada como sua. Faleceu em Belo Horizonte, em 28 de fevereiro de 1922
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